*Governo do Estado não transfere pacientes pelo Regula RN e deixa UPA de Parnamirim superlotada com usuários “internados” no Pronto Atendimento*


 O diretor da Unidade de Pronto Atendimento de Parnamirim, Dr. Henrique Costa, revela uma situação preocupante na gestão partilhada da saúde pública no Rio Grande do Norte. A UPA de Nova Esperança, que deveria ser a porta de entrada de urgências para primeiro atendimento e estabilização, está superlotada de pacientes internados por falta de transferência por parte do Governo do Estado.


Segundo o diretor da Unidade, há 10 dias a UPA está com mais de 30 pacientes internados, todos já inseridos no Regula RN aguardando vaga para transferência, “o que infelizmente não tem acontecido”. 


Superlotada, a unidade está com todos os leitos disponíveis ocupados e com pacientes nos corredores há dias, o que culminou com a restrição do atendimento apenas aos classificados como *laranja (muito urgente) e vermelho (emergência/crítico)*.


“A UPA está com o quadro de pessoal completo, estoque de medicamentos abastecido e, apesar da superlotação, *PERMANECE DE PORTAS ABERTAS*, cumprindo com a função de receber e estabilizar os pacientes. Porém o encaminhamento aos hospitais de referência do Estado não tem acontecido e isso está prejudicando o nosso serviço”, destaca Dr. Henrique.


Apesar da superlotação, a unidade permanece aberta para atendimento dos pacientes mais graves. “Esperamos que essa restrição seja temporária e que o Governo do Estado providencie as transferências dos internados para a rede hospitalar o quanto antes”, disse.


A gestão do equipamento é tripartite (União, Estado e Município), no entanto há vários meses o governo estadual não tem cumprido a sua parte, o que dificulta seriamente a manutenção da unidade. De acordo com o porte da UPA de Parnamirim, o local tem capacidade de atender 250 pacientes por dia. Mas nos últimos meses o número chega a 400 atendimentos/dia, *60% além do limite*. A situação de superlotação e restrição de atendimentos já foi comunicada ao Samu e ao Governo do RN.